Te manda!

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Pela última vez eu te peço: vai embora. Não vou te jogar nada na cara, não vou quebrar os vasos na parede, não vou gritar, nem xingar, nem nada. Ju-ro. Chega! Estou cansada, exausta. Tudo que era pra ser falado foi dito, já discutimos infinitas vezes sobre o mesmo assunto. Não há mais como seguirmos em frente. Não tenho mais forças, tampouco paciência para isso agora. E o que não foi dito? O que fazemos com todas as coisas que deixamos de dizer? Nada. O momento passou e agora isso não vem ao caso. Definitivamente não estou interessada. Estou falando sério, seriíssimo.

Quando esperei gestos carinhosos e atitudes verdadeiras tu me deste o que? Quando supliquei o teu amor e consideração ganhei o que? No instante em que abri meu coração recebi o que? Pensa nisso tudo, mas pensa de verdade. Um dia te pedi pelo amor de Deus (sim, até coloquei Deus no meio), fica comigo! Até hoje não acredito que eu fiz isso...a que ponto chega o desespero e a falta de amor-próprio de uma mulher obcecada e apaixonada?!? O que a paixão alucinante faz com a cabeça de uma pessoa, putz! Por favor, não tenta me passar a perna com as tuas palavrinhas-de-araque agora!

Eu não quero isso pra mim. E nem te quero mais. Nem amanhã, nem semana que vem e nem no próximo mês. Pra ser honesta, nem nos próximos 50 anos! Exagero meu? Pode até ser, mas nós dois sabemos o porquê desse meu comportamento, digamos, "radical".

Chega de tudo. Tu quiseste ir embora, não foi? Eu estou bem. Fiquei bem. Sofri, mas não morri de amor. Sobrevivi. Bateu o arrependimento, foi? Azar o teu. Fizeste a tua escolha e nem te preocupaste comigo. Não sou rancorosa, tu sabes disso. Só não te quero mais mesmo. Estou preservando a minha saúde física e mental. E preservando o meu velho (e cansado?) coração. Já sei como vai funcionar e te digo: não estou nenhum pouco afim desse tipo de vida. Preciso de mais e quero bem mais. Eu te desculpo. Mas me deixa. Te imploro, me deixa.

Pelo amor de Deus, vai embora. Estou cansada demais. O cansaço ocupou o lugar do amor. O amor se transformou em algo que não sei explicar. Isso não é vingança, ju-ro. Aconteceu. Como te disse, devias ter pensado nisso antes. Agora é tarde.

Tchau!
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