Enfiando a viola no saco

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Às vezes a única alternativa que nos resta é enfiar a viola no saco e encerrar um capítulo. Literalmente virar a página.
Tentamos. Tentamos. Tentamos. Não deu. Não deu. Não deu. A gente sente, mostra, explica, sofre, perde a linha e, num momento de súbita lucidez, percebemos que é melhor sair de cena. O show acabou, podem fechar as cortinas. Clap, Clap, Clap, aplausos. Ou não...
Sair por aquela porta é o melhor remédio? Pode não ser o artifício mais eficaz, mas certamente nos poupa de futuras dores de cabeça. No fundo, o que sobra é somente o que podemos agüentar, carregar e suportar. As coisas são como são. E as pessoas são exatamente o que nos mostram, seja com gestos ou palavras. Experiências passadas também são válidas. Quando alguém te disser quem é, acredita.
Não se abre a cabeça de alguém e não se invade o coração do outro. O outro é que nos coloca lá dentro. Um dia pode nos tirar...ou nunca, isso o tempo é que diz. Mas as cartas foram dadas e o negócio funciona desse jeito. E não tem jeito.
Concorda? Topa? Ótimo, vai lá. Não está de acordo? Enfia a viola no saco, mantém a classe, não perde a elegância e sai do ar. De preferência, tenta usar a porta da frente. Se não der, sai pela lateral ou de emergência, mas sai.
Haja saco para tantas violas!!
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