Na segunda rua depois da casa verde

By | 22:27
Táxi ocupado. Está chovendo e não temos guarda-chuva. E agora? Precisava daquele “carro de praça”. Espera, outro aparece. Não, não, em dias chuvosos os táxis demoram séculos para passar. Vazios então? Pura sorte!

Mercadoria sem nota. Compra-se o produto. Se estragar? Azar, paciência. Se estiver com defeito? Danou-se. Se der problema no segundo dia? Vai para o beleléu. Quem mandou comprar sem nota? Foi-se.

Revista nova. Todo mundo quer ler, querem ficar por dentro dos acontecimentos e notícias. É brabo quando compramos uma revista e tem gente já passando a mão. Poxa, espera, me deixa terminar a leitura em paz.

Usei metáforas, mas quero falar dos homens. Homem comprometido. Complicado. Roubada. Péssimo. Terrível. Apavorante. Não importa se já sabíamos, se ficamos sabendo ou se nenhuma alma fez o favor de avisar a-n-t-e-s do envolvimento. O que importa é que ele tem outra. E essa outra não é você, ela veio a-n-t-e-s. Namorada, ficante, noiva, mulher, whatever. Ele tem alguém e não pode ser 100% seu. Metade? Não, obrigada. É tudo ou nada. Por inteiro ou nem te apresenta. Já viu alguém dar só metade do coração? Metade da atenção, do tempo?

Homem com duas caras. Os famosos “mascarados”. No começo é um encanto e, quando os dias começam a passar, ocorre a grande revelação. Tem defeito. Está estragado. É problemático ou temperamental. Não possui a menor afinidade com você. É babaca. Intolerante. Mané. Devolve. Não tem como, veio sem nota.

Homem bonito demais. Pode ser bonito demais, charmoso demais, estrela demais, famoso demais, qualquer homem “demais” dá trabalho. É cansativo. Tem que ter paciência. E calma. E fazer mantras e meditações. E ter um lado Dalai Lama (para os famosos exercícios-Dalai-Lama). Admiro quem consegue. Qualquer homem demais chama mulheres. Mulheres demais. O que adianta ter um homem desses ao lado? Stress constante e generalizado. Você pode ser dona de si, segura de si e qualquer coisa de si. Duvido que agüente e consiga se manter calma e serena. Du-vi-do.

A opção é nossa. A escolha idem. O cara pode ter todas as qualidades do mundo, ser tudo que sempre quisemos e sonhamos e todos aqueles clichês que falam sobre o tipo de homem ideal, príncipe, blá blá. Mas ele tem que ser livre. Tem que ter respeito e, acima de tudo, nos valorizar.

Não existe essa de homem certo e errado, pessoa certa e errada. O que existe é aquela pessoa que faz com que o nosso coração dê milhares de saltos mortais. O que existe é aquela criatura que nos faz sorrir ao receber um telefonema, que nos faz bem, que desejamos estar ao lado e que está em sintonia conosco.

Relaxem. Pode estar bem aí...ou um pouco longe, mas (vocês sabem) o mundo gira e gira e gira...



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