Rosas no lugar do silêncio

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"Porque eu sou feita pro amor da cabeça aos pés
E não faço outra coisa do que me doar
Se causei alguma dor não foi por querer
Nunca tive a intenção de te machucar
Porque eu gosto é de rosas e rosas e rosas
Acompanhadas de um bilhete me deixam nervosa
Toda mulher gosta de rosas e rosas e rosas
Muitas vezes são vermelhas mas sempre são rosas..."

(Totonho Villeroy)
Eu não gosto de mentiras. Não gosto de frieza. Não suporto indiferença. Não gosto do silêncio. Nem do morno. E eu gosto de rosas. Rosas, orquídeas, tulipas, girassóis. As rosas me atraem com seus espinhos. Me sinto uma rosa: perfumada, bonita e perigosa. A rosa te fere, te machuca, faz o dedo sangrar. Posso te ferir, te machucar e fazer o seu coração sangrar. Sangrar muito. Sangrar até você morrer.

Nem sempre eu faço as coisas certas. Muitas vezes me faltam palavras, o chão se embaralha diante de mim. Não consigo dizer o que se passa comigo, não tenho a capacidade de demonstrar a maneira como me sinto. Se torna impossível uma imagem clara: passo qualquer outra, outra qualquer, menos a realidade. A realidade fica distorcida, você não vai me entender. Eu não vou saber fazer com que você me entenda.

Ele não me compreende. Eu só queria um pouco mais. E eu te digo: nem é muito mais, você entende? É pouca coisa. Eu gosto de rosas. De verdades. De amor. De cumplicidade. Daquela magia que faz com que duas pessoas se entendam no olhar, no sorriso, no cheiro. Você consegue visualizar isso? Sei que sim, você também gosta de rosas. E de declarações de amor.

Homens e mulheres são diferentes e você sabe. Mulheres gostam de filmes que borram o rímel, homens acham babaquice. Mulheres têm medo de barata e homens se apresentam com um chinelo na mão. Mulheres gostam da sedução, homens se preocupam com a finalização. Mulheres querem vivenciar todos os sentidos, homens só pensam no real sentido. Mulheres querem palavras doces, homens querem espalhar seus doces. Completamente diferentes. E iguais. São humanos. Ambos se sentem sozinhos nesse mundo estranho e vazio. Ambos querem encontrar um amor. Aquele amor que dá vontade de amar a vida inteira.

Ele é frio, eu sou quente. Ele é racional, eu sou irracional. Ele é na dele, eu sou na dele. Ele fala pouco, eu falo muito. Ele é fechado, eu converso com as paredes. Ele é prático, eu sou dramática. Ele é calmo, eu sou uma onça. Temos temperamentos diferentes. Gênios diferentes. Personalidades diferentes. Mas temos afinidades. Gostamos das mesmas coisas. Queremos as mesmas coisas. Temos os mesmos projetos. Mesmos valores. Enxergamos a vida do mesmo modo.

Eu me decepciono com ele, você sabe. Você sempre sabe de tudo o que se passa, não é mesmo? Sei que você sente da mesma forma que eu. Sei que você sofre como eu. Você chora como eu. Você ri das coisas que eu acho graça. Ele me deixa triste com a falta de alguma coisa. A falta de querer me agradar. De fazer com que eu me perca em sorrisos. Ele não move uma palha e acha tudo muito normal. Ele faz coisas abomináveis e age com naturalidade. Ele acha que está tudo bem assim. E eu? Eu quero mais.

Não quero viver com dúvidas. Quero as minhas certezas. Quero declarações de amor bregas. Quero cenas dantescas. Quero que ele se ajoelhe e diga que me ama. Quero que ele pare tudo o que está fazendo para me ligar e dizer que pensa em mim todos os segundos. Quero receber mensagens na madrugada. Quero que ele me dê um urso de pelúcia. Quero que ele batize o nosso urso. Quero que ele me escreva uma carta. Que me faça uma música. Que tatue o meu nome no coração. Que espalhe fotos minhas pelo quarto. Que eu seja o primeiro e o último pensamento dele. Que ele não esqueça datas especiais. Que não esqueça que sou especial. E que me ame, me ame como jamais amou alguém. Me ame como se eu fosse a primeira e a última mulher do mundo. E que seja meu. Para sempre.

Você se sente assim? Sei que sim. Não quero que ele me dê nada. Nada além de beijos, abraços, amor e rosas.
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