Até a certeza morre

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Tenho certeza. Absoluta. Certeza. Garanto. Juro. É. Mas é mesmo. Só que a certeza nasce, cresce, se reproduz e morre. Nas aulas de biologia eu aprendi isso sobre os seres vivos. Isso foi lá pela quarta série e nunca mais esqueci. Mudo de idéia muito, sempre, a todo o momento. Minhas certezas nascem mais rápido que um relâmpago e se atiram pela sacada que nem aquele tapete que ficou ali para pegar um sol e poft, caiu lááááá embaixo.

Então eu ouvi uma história assim: a mulher chegou para o cara e disse "você me ama?". Hein? Amor se pede? É algo questionável? Claro que não. Você ama, então ama. Não ama, então nem ama. E ta tudo bem assim. Desde quando uma pessoa pergunta para a outra esse tipo de coisa? Desde quando? Desde que a certeza desaparece, tira férias, fica doente, viaja para a Mongólia. Ah, meu bem, aí você se vê encalacrado querendo que ela volte e fique ao seu lado.

A certeza é bem assim: você acha que está tudo no lugar e ela te dá uma rasteira. Você pensa que tudo está organizado dentro das caixinhas, caixotas e caixonas e ela bagunça tudo. A certeza gosta de zona. A dúvida é o trovão. A certeza é a tempestade.

O que vem depois dela? Se souber me ligue.
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