![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOKf-Vv49m1eVL_MsJl5tDp1AbGxla5q2JeJycxYQRoVHbNQcnm0IEHbIvq6Nx26Yi1xtcRoikv3ZeYfR4Qg-nvm4SZcU6pB4g0Woa34YUAHosOOhR7ymOFxfWPm5fnwMEf34mDw/s320/Imagem9.png)
A gente vai empurrando e deixando e remendando e engolindo e fingindo. Chega uma hora em que arrebenta a ferida: estoura, explode, sai pus, nojeiras e afins. É nesse momento que, ao invés de Band-Aid, pomada e beijinho, a gente precisa espremer mais um pouco e, quem sabe, enfiar o dedo fundo, forte, pesado e sentir a dor percorrer cada centímetro do corpo. É só após esse processo que tudo cicatriza – e a gente descobre até onde vai a própria força. E se supera (ainda bem).
Depois, o tempo. É ele, querido e bandido, que vai mostrar o quanto o lugar onde estava a ferida vai latejar nos dias feios, carregados e chuvosos.