Google: Barbie tatuada, made in Google.
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Muitas coisas para fazer e por dizer. Antes, conseguia falar mais. Hoje, eu penso, peso, reflito. Imagino que deva ser coisa da idade (ou do que muitos juram ser a chegada da maturidade). Mudei um pouco, algumas marquinhas insistem em aparecer ao lado dos olhos quando sorrio, o que me entristece bem pouco. Preciso aceitar que a gente envelhece, mas como entender que o corpo vai ficando velho se sinto minha alma sempre com a mesma idade? Será que alma enruga? Questiono coisas assim. E, finalmente, entendo: não vou sossegar jamais.
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Resolvi aceitar algumas coisas da vida, sem dor. Ninguém vai ser como você sonha, não espere consideração nem que os outros façam o que você faria. Não espere que valorizem seu esforço. Não espere que lhe ofereçam a mão. Apenas viva. Aceite que é preciso deixar o orgulho de lado e dizer preciso-de-você-agora. É preciso entender que o outro é diferente e de vez em quando ele vai lhe magoar (e você precisa lidar com isso, senão vive só). Não espere compreensão. Não espere que a vida seja fácil. Nem sempre ela é. Não espere para viver, tem coisa que não volta.
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Algumas coisas em mim mudaram. Não quero falar coisas amargas, mas entendi alguns sentidos (ou a falta deles). Muitos sonhos viram purpurina. Outros dizem que vão comprar cigarro e nunca mais voltam. Até bem pouco tempo atrás eu tinha uma avó espevitada, de bem com a vida, ativa. Um avô que tinha voz de locutor e gostava de rapadurinha de amendoim. Hoje, ele está no céu. Hoje, ela não é a mesma pessoa. Sempre pensei que-seja-feito-o-melhor. Espero que ela tenha forças físicas e psicológicas para se recuperar, mas se isso não for possível, eu entendo. Sei que ela não gosta de estar nessa situação. Sei que ela está triste, sei que sofre. Eu sinto. Ela, que sempre foi tão inteira, não consegue ser pela metade. Tanto pelo que aconteceu quanto pela perda do amor da vida dela. E isso dói não só nela, mas em todos que se preocupam e a amam. E fico pensando assim: algumas dores devem realmente doer fundo.
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Resolvi fazer uma tatuagem no pulso, de coração. Há muito tempo eu queria, mas faltava coragem, oportunidade ou nem sei direito o quê. Mas me decidi: sábado que vem é o dia. E esse coração, no meu pulso esquerdo, vai simbolizar todo o amor que eu sinto pelas pessoas que são importantes na minha vida. Mais do que isso: vai significar o meu jeito de ver o mundo. Não vou sossegar, eu aceito. E vou continuar me doando, ainda que nem sempre receba de volta tudo que dou, afinal, dizem que é para a gente dar sem esperar retribuição.
