Tenho uma mania de achar que nada
acontece por acaso. Talvez isso ainda me deixe louca, já que vivo esperando
sinais. Não sei se você está me entendendo, é mesmo meio difícil de explicar,
mas volta e meia penso assim puxa, será que isso vai mesmo dar certo? Se for
pra dar, vai acontecer tal coisa e se acontecer tal coisa é porque é pra ser.
Tá, eu sei que é coisa de gente doida, mas eu nunca disse que era totalmente
certa.
Quer saber? Até acho que um pouco
de doideira faz bem. Não dá pra ser muito certinho, viver de uma forma muito
correta, fazendo o bêabá do jeito que todo mundo disse. Eu sei o que quero pra
mim. Além de brigar pelas coisas que quero, também tenho um pouco de sorte. Sei
que sim. Sorte por ter no meu caminho pessoas que me dão apoio e estrutura.
Porque a gente precisa disso quando o mundo tá desmanchando feito desenho na
chuva.
Acho que as pessoas surgem na
vida da gente por algum motivo. Algumas nos ensinam, outras aprendem. É uma via
de mão dupla. E penso o seguinte: se alguém aparece na minha vida e eu posso
ajudar, ajudo. Acho que é obrigação. Não sou de desperdiçar oportunidades,
talvez porque já tenha desperdiçado um punhado delas no passado. Hoje em dia o
que aparece na minha frente eu agarro. Acho que se a gente tem condição de
fazer algo não tem porque não fazer. É meu dever, entende? Não dá pra ficar
parado vendo as coisas acontecerem, tem que agir.
O mundo e as pessoas mudam muito
rápido. Hoje quem você ama está aqui, amanhã pode não estar. Hoje você tem um
emprego, amanhã pode não ter. Hoje você dormiu com a frase entalada na
garganta, amanhã o dia nasce de outro jeito, com outra cara e a frase pode
ficar perdida no meio do nada. Ou pode ser tarde demais.
Acredito que todo mundo tem um
poder. E a gente pode, sim, mudar as coisas. Me chame de idealista. De sonhadora.
E de romântica. Sou tudo isso. Mas ainda acredito nas pessoas e nas mudanças. E
toda mudança começa no fundinho de cada pessoa que quer realmente fazer alguma
diferença.