A maioria das pessoas lembra de pedir, mas não é todo mundo que sabe agradecer. É, eu sei que a vida é corrida, a gente tem muitos sonhos, a gente quer que tudo aconteça logo e o mundo gira muito rápido. Mas no meio disso é preciso arrumar um tempo para parar, pensar, respirar fundo e lembrar das pessoas que nos ajudam diariamente.
Vocês, que sempre batem ponto por aqui, são pessoas especiais. Vocês, que compram os meus livros, são pessoas especiais. Vocês, que me enchem de carinhos, fazem com que eu me sinta um ser humano especial. Não, não é demagogia, não é pieguice, não é cafonice: é um obrigada. De coração sorrindo.
Minha ida para São Paulo foi inacreditavelmente linda. Cheguei sexta pela manhã, passei a tarde com meu sobrinho, que estava dodói. À noite, jantei com uma amiga queridíssima. No outro dia, sábado (o grande dia), era a sessão de autógrafos do PARA TODOS OS AMORES ERRADOS na Bienal. Eu, ansiosa por natureza, fiquei pensando: será que alguém vai me ver? Esse é o pavor de todo escritor. A gente pensa ai, e se ninguém vai?
Saímos da casa do meu irmão por volta de meio-dia. Eu estava toda cheirosa e com o cabelo bonito. Ficamos trancados no trânsito. E não andava, não andava. Comecei a ficar nervosa. O tempo ia passando rápido. A sessão estava marcada para às 14 horas, eu queria chegar lá por volta de 13h, mesmo porque tinha uma entrevista de rádio. Meu horário era das 14h às 16h, pois a partir deste horário teria outra sessão de autógrafos.
A fila para entrar no estacionamento era absurda. O calor era absurdo. O preço do estacionamento um absurdo. Estacionamento lotado. Entrada da Bienal lotada. Cheguei ao estande às 13:59, completamente bagunçada, descabelada, suada, pegajosa. Eu, que queria estar no mínimo apresentável, estava virada num traste velho. Quem acompanha meus textos sabe que já escrevi sobre a Síndrome do Pânico. Quem me acompanha sabe que tenho esse problema, ou seja, lugares lotados me deixam aflita, ansiosa e me dão um suador tremendo. Fora o coração disparado e outras sensações nada agradáveis. Cheguei pingando até a mesa, tomei muita água e vi a fila linda de gente me esperando.
Sinceramente, não sei como me abraçaram. Eu estava realmente grudenta. Mas recebi abraços, beijos, carinhos, presentes e energias boas demais. Teve gente que tremeu, gente que chorou, gente que suou, gente que gaguejou, gente que pediu liga aqui pra minha sobrinha e dá um oi, gente que pediu autógrafo em papel, gente que tirou foto, gente que me encheu de dengo.
Eu adorei. E não sabia que era tão querida assim por vocês. Fiquei emocionada, de verdade. Minhas entrevistas de rádio me tiraram um pouco de cena, depois voltei. Era pra ter ido até às 16h. Foi até 17:30. Os livros acabaram. Vendemos muitos livros. Eu fiquei feliz, a dona da editora ficou feliz, a minha editora ficou feliz. E acho que quem foi também ficou.
Gente, OBRIGADA. Assim mesmo, em caixa alta. Eu amei. Foi emocionante.
P.S.: A Camila Suda, dona da loja que vende e produz a minha coleção, fez kits muito fofos para o lançamento. Além, é claro, dos marcadores lindos. Obrigada, Camila. E um obrigada especialíssimo para toda a equipe da GUT.
P.S.: A Camila Suda, dona da loja que vende e produz a minha coleção, fez kits muito fofos para o lançamento. Além, é claro, dos marcadores lindos. Obrigada, Camila. E um obrigada especialíssimo para toda a equipe da GUT.