Guardanapos de papel

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É claro que dói muito perder um grande amor. Mas penso assim: dói muito mais ficar com o amor entalado na garganta e atordoando o coração. É por isso que eu falo, coloco pra fora. Se não der certo pelo menos não vou me arrepender e nem me engasgar com os pedaços do que restou.

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E aquela vontade insana de jogar meia dúzia de coisas em uma mochila, passar filtro solar, colocar uma roupa confortável e sair sem rumo? Deixar pra trás o que não presta, principalmente as preocupações que nos invadem diariamente. 

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Tem dias que eu queria voltar a ser criança. Sinto que antes era tudo tão mais fácil. Eu era tão mais livre. Não tinha medo de ser apontada ou cobrada. Hoje em dia é tudo na base do tem que ter, fazer, ser. É cansativo não poder ser exatamente quem somos. Acabamos virando prisioneiros de uma sociedade que dita regras o tempo inteiro.

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Eu ainda tenho aquela crença de que tudo se ajeita. Posso ser ingênua, mas prefiro acreditar que as coisas funcionam, que tudo tem um jeito, que as melancias se acomodam. Uma dose de otimismo sempre cai bem. O problema é que me embriago no meio dos pensamentos positivos e de vez em quando acabo me estrepando bonito.

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Continuo achando que o amor é o sentimento mais transformador que existe. Ele não faz só bem pra pele, não. Faz bem para cada pedacinho do nosso corpo. Dá pra ver direitinho quando alguém é deficiente dessa emoção tão bonita.

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Ando um pouco sem paciência. Posso? Passei tantos dias, noites e anos me preocupando e vivendo para os outros. Agora quero viver pra mim, me concentrar no que realmente faz sentido. Não quero mais ocupar a cabeça com problemas que não são meus. Por isso, por favor: conta comigo para o que é bom. Deixa eu viver esse momento egoísta-exclusivo-total. Pelo menos por cinco minutos.


Acho que no fundo somos sempre sós. Pode ser que você encontre um amor, um punhado de amigos, o conforto familiar. Mas ninguém te livra dos pesos da vida. A gente nasce e morre sozinho. E tudo bem, tudo bem, não tem drama nenhum nisso. É claro que é bom ter gente pra rir e chorar, mas entenda: no fundo é sempre você. E você.


Pode ter sido amor. Ele veio com toda força, achei que ia ficar até o fim dos meus dias. Mas me enganei, então repensei as coisas: será que era? O amor, me ensinaram, dura pra sempre, é eterno, só acaba com a morte. Mas tinha uma esquina entre nós dois, decidimos seguir por ruas diferentes e houve o tão temido desencontro. 


Nem sempre acho as palavras certas. Parece tão simples, mas não é. Eu, que vivo disso, não consegui organizar as ideias, encontrar no meu avesso aquelas palavras que te fariam ficar. Mas se eu as tivesse encontrado será que você ficaria? Logo você, que sempre disse que o ato é mais importante que a fala. E eu te mostrei tantas vezes por tantas noites e tantos dias o quanto eu te queria (tanto). Só que isso não te fez ficar. E quando eu finalmente consegui encontrar o que parecia certo o tempo se perdeu de nós. E agora fico aqui fazendo versos para ninguém.








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