O primeiro Dia das Mães sem ela

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A saudade não cansa de me visitar e trazer boas lembranças. É que é impossível não sorrir ao lembrar de você. Sua ausência dói, mas o que conforta é que sei que você está bem e olhando por todo mundo aí de cima. 

Sabe, as pessoas não deviam partir. Sei que cada um tem a sua crença e eu acredito que tudo tem um motivo, que a vida é feita de ações, consequências, escolhas e que um dia todo mundo volta a se encontrar, já que o corpo morre, mas o espírito vive para sempre. O que me consola é que vamos nos reencontrar na hora certa e você vai me receber sorrindo aquele sorriso cúmplice e bondoso de sempre. 

Lembro das vezes em que fiquei chateada pelas mais diversas razões e que com um simples toque no meu cabelo você mandava toda a tristeza embora. Tenho tantas boas recordações, mas isso me assusta, pois hoje só o que sobrou de você foram as lembranças. Tenho medo de um dia não conseguir mais lembrar de tudo, entende? E eu não quero que as lembranças fujam pela janela, quero deixá-las perto, inteiras, vivas, presentes. Então eu tento pensar que está tudo aqui dentro, tudo muito bem guardado dentro de mim. Essas coisas ninguém me tira. 

Sei que este ano vai ser difícil, pois é o primeiro ano que passamos sem você. Sei que minha mãe vai ficar triste, vai lembrar de você, vai chorar, vai relembrar tudo o que aconteceu e vai ficar com o coração inquieto. Também sei que meus tios vão passar pelo mesmo processo, assim como meus primos e todo mundo que te conhecia e te queria bem. É, vó, a saudade aperta o coração da gente. Aperta mais que sapato três vezes menor que o nosso pé. 

Nada do que eu diga ou faça agora vai amenizar esse gosto estranho. Mas quero que você saiba que nunca vou te esquecer e sempre vou te mandar as melhores energias e vibrações. Obrigada pelo tempo que passamos juntas e por todo o amor que você me deu. E um feliz dia das mães.


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