Sei que não é o acaso que nos une, nem a coincidência que me colocou no teu caminho. Sei que existe um propósito maior para tudo isso que vivemos por aqui. Sei que quando tua mão encostou na minha foi como se eu tivesse retornado para um lugar querido. Sei que quando meus olhos enxergaram o brilho dos teus a minha boca disse um silencioso sim.
Aquela noite o mundo parou por alguns instantes, foi como um reencontro de almas, de corações, de vidas. Sei que muita gente torce o nariz para essa história de metade da laranja, amor eterno e tudo mais. Mas eu, com toda a certeza que tenho nas mãos e com toda a paz que carrego no coração, digo: eu acredito. Não, você não é a metade da minha laranja, pois laranja definitivamente não é a minha fruta preferida. Mas você é a metade da minha cereja. Sei que ela é pequena, frágil, delicada. Mas o amor nasce assim, desse jeito. O amor vai se tornando forte com o passar do tempo, das mini-revoluções, das quedas, dos arranhões, da rotina. O amor vai se tornando grande com o exercício da tolerância, da paciência, do entendimento, da aceitação. O amor só não pode se tornar rude. Ele deve, sim, proteger, ser firme, ser um escudo. Mas não pode perder a leveza, a delicadeza, o encantamento.
O amor precisa renascer diariamente. Pena que muita gente não tem tempo nem vontade para ajudá-lo. O mundo hoje em dia parece estar ocupado demais para essas coisas de amor. As pessoas, presas na bolha do egoísmo e do umbiguismo, não querem dar o braço a torcer, tampouco guardar o ego na estante. As pessoas querem ser eu, não querem ser nós. O máximo que fazem é unir o eu + você. Só não conseguem concluir a equação: eu + você = nós. E isso é uma pena.
Nesses (e em tantos outros) momentos é que percebo o quanto tenho sorte. Mas, você sabe, não acredito nisso. Então, reformulando a frase: nesses (e em tantos outros) momentos é que percebo como foi boa essa oportunidade que tive de te re(encontrar).