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Fala o que tu queres. Grita. Berra. Me sacode se for preciso, mas diz! Me ama ou me odeia. Me queira ou me deixa pra lá.

A indiferença não diz nada e, ao mesmo tempo, diz tudo. Depende do ponto de vista. Depende do que nós queremos acreditar. Sim, nós fazemos força pra acreditar em algo...tanta força, tanta energia, tanta vibração que, em um determinado momento, aquilo acaba se tornando verdade. A nossa verdade. Verdade mentirosa. Queremos sempre arrumar uma bela desculpa para quem amamos. Uma mentirinha aqui e outra ali. Pra sossegar o coração. Aquecer a alma. E nos tirar da solidão.

A indiferença corrói, destrói, mata e fere. Ao mesmo tempo nos mantém vivos, pois nos dá uma ponta (mínima) de esperança. Se ele não diz nada deve ser porque está confuso. Se não tem tempo, anda ocupado. Se não reage, está perturbado. Desculpas, desculpas, desculpas. Para as desculpas há um par: o "se". Se isso, se aquilo, se acontecer tal coisa, se o mundo continuar a girar, se, se, se. O "se" é algo que não existe. Que não aconteceu. É uma situação extraordinária. Situação hipotética. Algo inexistente. Possibilidades. Se...se usamos o "se" é porque o fato não se concretizou.

Estamos enganando quem aqui? Existem pessoas que não sabem lidar com as emoções, com o que sentem. São atrapalhadas. Sem tato. Sem jeito. Tímidas. Ser indiferente é outra coisa. É não estar nem aí, não te respeitar, não te querer, estar pouco se importando com a tua vida, com os teus sentimentos. Ser indiferente é não te amar, é nem te olhar. E dizer mentiras. Muitas. Mentiras sinceras. Vais acreditar?
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