A maldita INHA

By | 15:28
Existe coisa pior que dor-de-cotovelo? Quem já não sentiu isso? Terminou tudo. Não tem mais jeito, vocês dois não dão certo. Nem aqui e nem no Japão. Só que ele tem uma namoradinha. Isso mesmo, uma "inha" qualquer. Ela é feia, chata, gorda, vesga e burra. O cabelo é péssimo e ela não tem peitos. Tudo bem, ela até pode ser bonita, gostosona, inteligente e peituda...mas certamente acharemos defeitos. Mesmo porque, vamos combinar, é humanamente impossível reunir tudo num mesmo pacote. É impossível que a "inha" seja linda, tenha corpão, lindo cabelo e uma inteligência daquelas! Im-pos-sí-vel! A única que é tudo isso sou eu. As outras são...defeituosas, certo? Bregas, burras, sem personalidade, sem sal, sem nada. Epa, sem nada? Elas têm eles. E aí entra a dor-de-cotovelo.

Sexta-feira à noite: frio e chuva. Estamos sozinhas vendo a novela das 20 hs, de pijama rosa, edredon, comendo uma pizza cheia de gordura e tomando coca-light. Epa (de novo), coca-light?!? Vemos uma linda cena de beijos calientes e pensamos O ORDINÁRIO ESTÁ COM A INHA! Abrimos uma garrafa de vinho tinto. Vamos afogar as mágoas e as dores que estão alfinetando o nosso coração. A imaginação (que merda!) é fértil demais. A pizza acabou, a novela continua rolando, o frio aumentou. E nos pegamos com o seguinte pensamento: é sexta, está frio e o barulho da chuva é incessante. O casal apaixonado deve estar num restaurante ou então na casa dele. Sim, aquela casa onde tu já dormiste, onde vocês passaram momentos super-românticos-e-quentes. Caramba!

Será que ele olha daquele jeito que me olhava pra ela? O que será que eles estão fazendo? Será que ele fala pra ela as mesmas coisas que me dizia? Será que sente o mesmo que sentiu por mim por ela? Será, será? Vira um tormento-mental-e-emocional. O pensamento fica girando, dando cambalhotas e vamos nos sentindo mal, pra baixo, a última das mulheres, a mais sozinha e incompreendida das mortais.

Não tem remédio pra dor-de-cotovelo. Lexotan não funciona, rivotril não é eficaz, maracujina muito menos. Nada te tira aquele, aquele, aquele...sei lá o que do peito, do estômago, da cabeça. Fim do mundo. Alguém ajuda!!!

É, o consolo é somente esse: saber que não estás sozinha. Mais gente já se sentiu dessa forma. Mulheres, homens, meninas, garotos. Quem não se sentiu, se sentirá um dia.

Segundo consolo? Passa. Dura pouco ou muito, mas passa.

Afinal, nada dura para sempre, certo? Nem mesmo a "inha"...
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