Tolices de amor

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Sabe quando alguém te magoa lá bem fundo? Te coloca no chão e ainda pisa em cima? Te humilha, te fere e te machuca? Então, foi o que fizeste. Pior do que isso, me deixaste sozinha com minha dor e foste embora. Caminhaste lentamente para o lado oposto. Sem chance. Sem volta. Sem arrependimento. E sem peso na consciência.

O que eu queria? Te dar o melhor de mim. O que tu querias? Não sei.

A gente não entende a cabeça das pessoas e não consegue ler o coração dos outros, não temos esse "dom". Muitas vezes temos certeza que a pessoa sente tal coisa, apostamos nisso e erramos feio. Perdemos a aposta. Ficamos pobres. Endividados. Com quem? Conosco, com nosso coração. Pensamos que fomos estúpidos demais, românticos ao extremo e um pouco tolos por acreditar num romance-perfeito-de-filme-com-final-feliz.

E a pobreza? Viramos mendigos. Pedintes. Pobres mesmo. Pobres de afeto. E com receio de nos entregarmos de novo, de cometermos os mesmos deslizes, de amar, de tentar. Por um tempo resolvemos que é melhor não amar nunca mais pra não cair e não sofrer. Decidimos parar...até um outro alguém fazer com que o nosso coração bata mais forte.

Perdemos o medo, já estamos curados, com cicatrizes e com o coração todo remendado. Queremos (e devemos) viver uma outra história. Nova fase. Nova etapa.

Se vai dar certo? O tempo vai dizer. Pode ser que sim, pode ser que não. Pode ser que a gente sofra, arranque os cabelos e cometa os mesmos erros idiotas. Mas não importa.

Sabe por quê? Porque eu acredito no amor. A dor? Ela passa. Só não devemos ser frios e ficarmos com o eterno-medo-de-amar-de-novo. Isso atrasa a vida e resseca a alma.

À propósito, te agradeço. Não por ter me magoado e ido embora como se nada tivesse acontecido, mas por ter me ensinado a ser mais forte. E menos tola.
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