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"Será que você não é nada que eu penso?" (Leoni)


Será? Quero te dizer que não penso nisso. Pelo menos agora. Temos o péssimo costume de idealizar os outros. É uma carga muito grande jogar pra cima do outro as nossas expectativas e sonhos. Mulheres têm uma mania medonha: imaginar ceninhas, ter delírios românticos e transtorno-mental-ilusório-passageiro-duradouro. Homens deixam a coisa acontecer, fluir. Mulher não. Mulher pensa, cria, inventa, faz uma função.

Não sei se és tudo que eu penso, não vou ser cruel e te fazer assinar um papel "se eu não for nada do que ela pensa pagarei um milhão de euros...". Não. Só te peço que mantenha intacto o meu coração. Pedido estranho, eu sei. É que eu tenho pena dele. Coitado, é meio descontrolado. Como se mantém intacto o coração de alguém? Falando a verdade, sempre.

Não depositei nada em ti, não fiz planos te envolvendo e não criei diversas ceninhas pra nós dois. Juro. Ta bom, alguma coisa a gente sempre espera. Isso faz parte do ser humano, mais precisamente da mulherada. Mas não foi nada estapafúrdio. Nem maluco. Coisas simples. Pequenas. Nada de casamento. Nem filhos. Nem cachorros.

O tempo e a sucessão de acontecimentos faz com que as pessoas mudem o seu comportamento e a forma de encarar as coisas. De lidar com os fatos. Então, enquanto isso nos fizer bem, ótimo. Tem que fazer bem pra mim e bem pra ti. E ponto. Sem meter os pés pelas mãos, sem agir alucinadamente, sem ter atitudes contraditórias e usar palavras esquisitas.

A partir do momento em que ficar ruim a gente vai embora. Simples assim. Prático dessa forma. Ta bom, vai. Talvez não seja assim, tão prático. Mas é simples. Não tem porque complicarmos. Deixa as coisas acontecerem.


"...Também se não for não me faz mal Não me faz mal não..."
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