Cinderela (made in Paraguai) no divã

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Eu. Eu sou errada. Eu escolho errado. Eu escolho a dedo. Eu acho que as coisas são como penso que deveriam. Eu me jogo. Me envolvo. Me dou. Me estrepo. Dou a cara pra bater. Me abro. Me entrego. Me fodo. Me ferro. Me queimo. Me desgoverno. Perco as estribeiras. Perco o chão. Perco tudo. Só não perco a identidade. Porque eu sou eu. Sem medo. Sem pé atrás. Sem crueldade. Sem ficar cheia de dedos. Sem covardia. Sem hesitação. Sem pensar muito. Sem nada. Apenas vou. Apenas sinto. Apenas sei. Apenas quero. E quero mesmo, qual o problema em querer? Porque as pessoas são tão hipócritas e filhas da puta? Gosta, mostra, porra! É tão fácil! Não me vem com moral, bons costumes, problemas, decepções antigas! Não quero nada disso! Não tenho que entender nada, não me explica, não me diz, não me julga, não me rotula, não me enrola, não me engana, não me trapaceia, não me pede um tempo pra pensar, não me diz pra esperar, não me manda ter calma, não diz que tenho que ter paciência! Se me quer, me queira! Mas me queira como eu sou, assim, desse jeito meio indefinível. Pessoa que é constantemente inconstante. De lua. De fases. De sentimentos. De palavra. Meio doce, meio amarga. Meio gentil, meio ríspida. Meio pura, meio reticências. Meio tudo, meio nada. Meio aqui e meio lá. Não precisa de manual para me entender, mapa para me decifrar. Apenas me vê, me olha, me escuta, me queira, me perceba, me sinta! Eu não sou fácil, sei disso. Mas eu só tento fazer o melhor. Só tento ser eu. Só tento lhe fazer bem. Eu não sou um objeto bonito pra ficar ali em cima, junto com tantos outros. Eu não sou brinquedo para diversão. Eu não sou um livrinho de palavras-cruzadas para ser feito quando não há nada de mais interessante pra fazer. Eu não sou controle remoto pra ficar sendo apertado e apertado na tentativa de achar um bom canal na TV fechada. Eu não sou o curinga para ser jogado fora num jogo de cartas qualquer. Eu não sou o bobo da corte para fazer rir. Eu não sou nada disso. Eu sou eu. Meu lado bom e ruim. A orquídea e a lama. Meu lado fresco e com cheiro a mofo. O previsto e o inesperado. Minha face feliz e triste. O brigadeiro feito na panela que te queima a língua. Meu lado perverso e intocado. E eu te amo, mas se você não consegue me carregar, cai fora. Agora. Não deixe para depois.



PS. pessoas, essa sujeita da fota de olho fechado sou eu, uhum. tô dizendo, pois sempre perguntam. rs
PS2. matando a curiosidade: libriana, ascendente em peixes e lua em leão. aff, tô ralada, eu sei, rs. quem disse que libra é o signo do equilíbrio mentiu, meu povo!
PS3. chega de "PS", bom final de semana pra vocês, se cuidem, juízo e não façam nada que eu não faria. à propósito, tenho um assunto pendente (é a primeira vez que escrevo assim, dando recadinho) já levantei esse tema em um texto, mas quero dar uma ênfase maior: esse blog não é diário virtual, não escrevo de mim, não é a minha vida que está exposta aqui. acho bacana os e-mails que recebo, adoro, de verdade! mas não quero que vocês se identifiquem "comigo". não mesmo! é o texto, pessoal. o escritor "incorpora" diversos personagens! pego a história do vizinho, da tia, do amigo, da prima! invento, crio, sonho, imagino, aumento, às vezes sou eu, em outras me desconecto totalmente. quem escreve precisa ter essa capacidade, precisa exercitar isso! e é o que estou tentando, dia após dia, fazer. nesse texto coloquei uma foto minha, posso ter falado de mim...ou não. e aí? e daí? ninguém saberá. gente, quero que vocês gostem do que eu escrevo, mas não quero que vocês achem que isso aqui é diário. se fosse assim eu escreveria em um caderno ("querido diário, hoje escovei os dentes às 7 da manhã...") e colocaria ao lado da minha cama, não acham? gostaria, por fim, de fazer um pedido: façam críticas, me detonem, digam que não gostaram, não fiquem só elogiando, rs. super beijo e noites bem coloridas pra vocês!
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