“Uma mulher não perdoa uma única coisa no homem: que ele não ame com coragem. Pode ter os maiores defeitos, atrasar-se para os compromissos, jogar futebol no sábado com os amigos, soltar gargalhada de hiena, pentear-se com franjinha, ter pêlos nas costas e no pescoço, usar palito de dente, trocar os talheres de um momento para outro. Qualquer coisa é admitida, menos que não ame com coragem.”
(Fabrício Carpinejar)
Nunca estamos completamente satisfeitas. Nem totalmente insatisfeitas, sejamos sinceras. Homens buscam sexo. Mulheres buscam amor. Errado! Homens e mulheres buscam sexo e amor, amor e sexo, não necessariamente nessa ordem, mas incontestavelmente essa dupla não se desgruda. Têm dias em que queremos mais amor. Em alguns queremos palavras bonitas, carinho e beijinho. Mas existem noites (e dias e manhãs e madrugadas) em que queremos puxões de cabelo, tapinhas na bunda e um gostosa bem dito no ouvido. Um gostosa bem dito por aquele cara que é inquilino do nosso coração e que solta o gostosa bem dito na hora bem dita (bendita!) com a voz certa e a cara de canalha exata. Logo, gostamos da sacanagem e do amor. Do bom e do sujo. E esse sujo não é no mau sentido, pelo contrário. É no bom sentido. Criança brincando suja a mão de terra. Essa sujeira é ruim, prejudicial? Não, é uma sujeira gostosa.
Homens e mulheres andam na mesma direção, querem atingir o mesmo ponto. É clichê, eu sei, mas ninguém quer viver sozinho. Todo mundo quer momentos de solidão dentro de uma vida a dois. Que o outro respeite o tempo, a condição, o espaço, mas que esteja junto e segure a mão. E faça massagem nos pés. E cafuné. E prepare o café da manhã. E enxugue a louça. E dê comida para o cachorro. E diga que você não precisa ser ninguém, a não ser você mesma. E que não precisa de mais ninguém, a não ser de você. E que ache você linda após uma noite mal dormida em que você acordou com cara de urso panda e inchada e de ressaca e com os cabelos nada parecidos com os da Gisele Bündchen.
As mulheres são mais fortes para o amor. Dão a cara a tapa. Se arriscam. Não têm medo da entrega, do que não está claro, do que é incerto. Não deu certo? Amigas reunidas, clube da Lulu de mãos dadas. Chocolate. Tequila. Corno music. Cara de Monstro do Lago Ness (chorar demais dá nisso!). Estoque de lenços de papel. Olho do safado furado em fotos.Lançamento de dardos em fotos penduradas em qualquer lugar. E aquele desejo de “você me paga, condenado!”. Música no repeat, ouvidos das amigas do peito alugados, chorar até desidratar, dizer que nunca mais quer, dizer que ainda quer, dizer que sempre quer. Na realidade, quando não dá certo nada disso importa. Porque a gente vai. Mesmo com aquele medinho, a gente vai. Podemos quebrar o salto e acabar sem blush, mas não saímos antes do final da festa.
Não queremos que um homem chore assistindo “Uma linda mulher” ou que dê um sorriso bobo ouvindo Just the way you are, na voz da Barbra Zinger. Nada disso. Pouco importa se ele combina sapato caramelo com cinto caramelo (hoje em dia não se combina sapato e cinto) com calça caramelo. Pouco importa se ele é um caramelo ambulante! Se ele tem hábitos esquisitos, como comer bis mergulhado no danoninho, e daí? Machista. Conservador. Preconceituoso. Chato. Deixa assim! Se caminhar de um jeito estranho, mexer com o nariz de forma engraçada, roer as unhas, ser parecido com o Tony Ramos de tanto pêlo espalhado pelo corpão, se for meio careca, tiver uma barriguinha, a gente não se importa, cambada!
Temos a mania de achar que pra tudo se dá um jeito. Podemos dar uma mãozinha para o cidadão no quesito combinar roupas/cores/acessórios. Mini-aulas de como segurar os talheres, para não parecer um brucutu comendo. Algumas dicas para deixá-lo melhor, sem entregar uma lista dos defeitos e porcarias que ele faz. Nada disso. Tudo com cuidado, cautela, carinho. O cara pode ter poucos ou muitos defeitos. Manias esquisitas, hábitos diferentes dos nossos. Quando gostamos (e se topamos lidar com isso e passar por cima das diferenças, tudo bem! Dar um toque aqui e ali é bacana, mas tentar mudar a essência de alguém é péssimo, se for assim pega a bolsa e sai a passo) do indivíduo conseguimos segurar a onda numa boa. Porque o que está lá dentro embrulha o estômago a toda hora e nos diz que precisamos dele ao nosso lado. Mesmo que seja um caramelo ambulante!
Agüentamos tudo. Aceitamos tudo. Compreendemos tudo. Menos o receio. Menos as desculpas furadas. Menos as imbecilidades que são inventadas. Medo do amor? Tudo bem, podemos ter certo pé atrás por situações vividas (e que deixaram marcas horrorosas) no passado. Mas o importante é o hoje. Aí ele te diz que está confuso. Que sente medo. Que não quer sofrer de novo. Que está perturbado. Perdido. Que é muito novo pra isso. Que é muito velho pra isso. Que não está preparado. Que está passando por um momento complicado. Ele tem receio. Ele é ocupado demais. Ele é complicado. Ele pisa no freio. Você pensa que tudo isso é frescura. O que interessa está aí dentro e lá dentro dele.
Amar não precisa ter motivo, não tem explicação. Amar não tem sentido, em contrapartida amar é o sentido. Amar te faz perder os sentidos. Achar os sentidos. Amar sem sentido. E, com sentido (consentido), amar. Só amar.
Homens e mulheres andam na mesma direção, querem atingir o mesmo ponto. É clichê, eu sei, mas ninguém quer viver sozinho. Todo mundo quer momentos de solidão dentro de uma vida a dois. Que o outro respeite o tempo, a condição, o espaço, mas que esteja junto e segure a mão. E faça massagem nos pés. E cafuné. E prepare o café da manhã. E enxugue a louça. E dê comida para o cachorro. E diga que você não precisa ser ninguém, a não ser você mesma. E que não precisa de mais ninguém, a não ser de você. E que ache você linda após uma noite mal dormida em que você acordou com cara de urso panda e inchada e de ressaca e com os cabelos nada parecidos com os da Gisele Bündchen.
As mulheres são mais fortes para o amor. Dão a cara a tapa. Se arriscam. Não têm medo da entrega, do que não está claro, do que é incerto. Não deu certo? Amigas reunidas, clube da Lulu de mãos dadas. Chocolate. Tequila. Corno music. Cara de Monstro do Lago Ness (chorar demais dá nisso!). Estoque de lenços de papel. Olho do safado furado em fotos.Lançamento de dardos em fotos penduradas em qualquer lugar. E aquele desejo de “você me paga, condenado!”. Música no repeat, ouvidos das amigas do peito alugados, chorar até desidratar, dizer que nunca mais quer, dizer que ainda quer, dizer que sempre quer. Na realidade, quando não dá certo nada disso importa. Porque a gente vai. Mesmo com aquele medinho, a gente vai. Podemos quebrar o salto e acabar sem blush, mas não saímos antes do final da festa.
Não queremos que um homem chore assistindo “Uma linda mulher” ou que dê um sorriso bobo ouvindo Just the way you are, na voz da Barbra Zinger. Nada disso. Pouco importa se ele combina sapato caramelo com cinto caramelo (hoje em dia não se combina sapato e cinto) com calça caramelo. Pouco importa se ele é um caramelo ambulante! Se ele tem hábitos esquisitos, como comer bis mergulhado no danoninho, e daí? Machista. Conservador. Preconceituoso. Chato. Deixa assim! Se caminhar de um jeito estranho, mexer com o nariz de forma engraçada, roer as unhas, ser parecido com o Tony Ramos de tanto pêlo espalhado pelo corpão, se for meio careca, tiver uma barriguinha, a gente não se importa, cambada!
Temos a mania de achar que pra tudo se dá um jeito. Podemos dar uma mãozinha para o cidadão no quesito combinar roupas/cores/acessórios. Mini-aulas de como segurar os talheres, para não parecer um brucutu comendo. Algumas dicas para deixá-lo melhor, sem entregar uma lista dos defeitos e porcarias que ele faz. Nada disso. Tudo com cuidado, cautela, carinho. O cara pode ter poucos ou muitos defeitos. Manias esquisitas, hábitos diferentes dos nossos. Quando gostamos (e se topamos lidar com isso e passar por cima das diferenças, tudo bem! Dar um toque aqui e ali é bacana, mas tentar mudar a essência de alguém é péssimo, se for assim pega a bolsa e sai a passo) do indivíduo conseguimos segurar a onda numa boa. Porque o que está lá dentro embrulha o estômago a toda hora e nos diz que precisamos dele ao nosso lado. Mesmo que seja um caramelo ambulante!
Agüentamos tudo. Aceitamos tudo. Compreendemos tudo. Menos o receio. Menos as desculpas furadas. Menos as imbecilidades que são inventadas. Medo do amor? Tudo bem, podemos ter certo pé atrás por situações vividas (e que deixaram marcas horrorosas) no passado. Mas o importante é o hoje. Aí ele te diz que está confuso. Que sente medo. Que não quer sofrer de novo. Que está perturbado. Perdido. Que é muito novo pra isso. Que é muito velho pra isso. Que não está preparado. Que está passando por um momento complicado. Ele tem receio. Ele é ocupado demais. Ele é complicado. Ele pisa no freio. Você pensa que tudo isso é frescura. O que interessa está aí dentro e lá dentro dele.
Amar não precisa ter motivo, não tem explicação. Amar não tem sentido, em contrapartida amar é o sentido. Amar te faz perder os sentidos. Achar os sentidos. Amar sem sentido. E, com sentido (consentido), amar. Só amar.