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Pessoas batizam coisas. Coisas se tornam nomes. Não sei porque tudo tem que ter um nome, não é preciso muita complicação. Coisa é coisa e ponto, não tem que ficar embelezando o negócio. Existe o tal momento certo e, como tudo tem o certo e o errado, existe o tal momento errado. Mas os amáveis batizadeiros esqueceram que existe o momento mais ou menos, o meio certo, o meio errado, o quase certo, o quase errado. Existe uma lista infinita de coisas por trás das coisas.

Eu sou a mestra da complicação. Tudo está certo, encaixado, etiquetado, nomeado. Vou lá e pimba, encontro alguma tampa fora do lugar. Alguém viu a menor? Então reviro tudo, esvazio armários, cato lá no canto uma tampa pequena, tento fechar. Não fecha. Nova tentativa. De novo. Mais uma vez. Assim eu vou.

O bom seria viver a vida sem ficar matutando, se entregar totalmente aos sentidos sem tentar encontrar um sentido na entrega. Tudo bem, isso pode acontecer com a maioria dos mortais, comigo é diferente. Pode dar certo, pode não dar, eu sei, você sabe, nós sabemos. Para saber só tentando. Não precisa de muita esperteza ou ninjice pra descobrir o denominador comum. Comigo é diferente. Já disse isso? Talvez eu complique demais. Sentimento não tem que ser medido ou pesado, só sentido. Talvez eu me leve muito a sério. Talvez eu dê corda para muitas besteiras imaginárias.

Para mim não existe o momento certo e nem o errado na vida, o que existe é aquele momento em que devemos abrir a janela para o medo voar. Parece simples, mas não é. Descomplicar não é tão fácil como parece. Exige esforço, dedicação exclusiva. Descomplicar é uma arte. E eu diria que complicar também é.

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