Tenho alguns preconceitos. Não gosto muito que me chamem de "blogueira". Sei lá, não me soa bem. Parece uma coisa adolescente, parece brincadeirinha, coisa de quem não tem mais nada pra fazer.
Não quero ofender quem adora dizer que é blogueiro. Por favor, não se revolte comigo, não quero brigar com ninguém. Só não me sinto bem com esse rótulo, entende? Clarissa, balzaca e blogueira. Não curto. Sério mesmo, não curto. Me arrume outro nome. Sei lá. Clarissa, a que escreve textos. Podia ser um blog, mas podia ser um site, podia ser qualquer coisa. Entende?
É um espaço para que eu possa publicar meus textos, mostrar o meu trabalho. Esse espaço aqui é coisa séria, não é uma aventura. Mas não sou blogueira, não me leva a mal. Não me rotula, não, sai dessa. Clarissa, a que é redatora publicitária. Clarissa, a que é escritora. Olha, fica bem mais bonito. Quando ouço blogueira me vem a mente uma menina de uns 17 anos, aparelho nos dentes (quando eu tinha 17 usava aparelho), que vai para a escola de manhã e não faz nada à tarde, é viciada em internet e usa aquela linguagem estranha, cheia de risadas do tipo "huhuahuahauhua".
Não gosto muito de quem maltrata o português. A linguagem de internet é uma coisa que me dá ânsia. Linguagem de Twitter então? Todo mundo escreve errado e acha bonito. Tem coisa mais monstra que essa? Não, né? Vamos falar direito, gente. Escrever errado emburrece. Juro. Não façam isso com vocês. Nem comigo. E, por favor, não me chamem de blogueira.