Cortando o amor pela raiz

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Então tá. Pega os utensílios de jardinagem: máquina de cortar grama, tesoura, aquele negócio (que não sei o nome) que serve para juntar as folhas secas, pá, vassoura e não esquece o saco de lixo. Lembra de tirar a porcaria de erva-daninha e coloca tudo no saco. Leva lá pra fora e senta. Espera o lixeiro passar (e pegar). Assim dói menos, não é verdade? Vamos cortar o amor pela raiz. E pronto. Cabô. Foi-se.
Temos que ser racionais, uhum, assim ninguém fica com o coração partido. Nem eu, nem você. Assim nos protegemos. De que mesmo? Ah, tá, de um provável sofrimento. Provável, eu disse. É, pode ser que dê tudo errado. Ou pode ser que dê tudo certo. A vida é um eterno pode ser. E a gente sabe se tenta. Se não, nunca saberemos. Funciona assim mesmo. A porta está aberta e só entrando pra saber o que se encontra lá do outro lado. Mas nós estamos contando que vai dar certo, porque será? Porque sabemos que tem tudo pra dar. Também sabemos (surpresa!) que dando certo podemos sofrer. E muito. Existem coisas por trás de nós. Então temos que ser racionais. É assim. A razão diz pra apertar no stop. Chega disso, deixa pra lá, é melhor pra mim e pra você. Vamos evitar transtornos, chororôs e etc. Essa é a sua razão. A minha? Não tenho, desculpe. Você pensa. E pensa em tudo o que pode acontecer. E tem medo. E está sendo covarde. Não, não, você está sendo racional. É essa a palavra? E se eu for o grande amor da sua vida? E se você for o da minha? Nessa vida, tudo pode ser. E essa é uma hipótese. E se for? Nós nunca saberemos. Você não se permite. Se esconde. Se protege. E acha mais fácil assim.
Pois eu não acho, tá legal? Prefiro amar, desamar, sofrer sim, me quebrar mesmo, do que não entrar por aquela porta pra ver o que existe. Os racionais que me desculpem...ter coração é fundamental.
Procurei palavras racionais e práticas para te escrever, mas não encontrei. Isso é impossível pra mim. É um artigo distante. O amor é um artigo de luxo, coisa que o dinheiro não compra. E não se empresta, não se troca. Só se sente. Ele surge e a gente agarra se pode. Se consegue suportar tudo o que pode vir com ele. Se o amor não tem fórmula, nem lógica, logo a razão é dispensável. Nesse ponto nós somos completamente diferentes. Você pensa. E eu só sinto.

PS. slapt! toma. sente. te dei um "tapa na cara" agora!
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