Eu te gostei todo o tempo e o tempo todo. E eu sinto agora uma dificuldade em respirar e seguir em frente, não sei o que será de mim se perder o que está aqui dentro. Não quero me desligar do que está me fazendo sorrir e, por vezes, querer chutar tudo pra bem longe. Não posso deixar você de lado, não posso fingir que não há nada. Que você nada é. E que você não mudou, de alguma forma, meu jeito de acordar. Sinto que estive desligada e afastada de mim, por um breve, porém intenso, tempo. Acredite, você me faz ser muito melhor. E eu gosto do jeito que eu sou, da maneira estranha e meio doida que sou com você. Estive longe, afastada e no banco de trás, de olhos fechados e coração amarrado, preso, atado. Sinto que você está perto, longe de qualquer forma e perto de uma forma peculiar. Mas quem sou eu para lhe dizer o que é correto agora? Sou alguém para lhe fazer tentar sentar no banco da frente? Preciso de você. Preciso de você de um jeito que nunca precisei de ninguém. E te desculpo. Não importa o que está ali, ao nosso lado. O que interessa é o que está vivendo aqui, acredite em mim. Este lugar é levemente frio, necessito que você segure a minha mão. E que me diga que ficará. Não importa o que aconteça, você permanecerá ao meu lado. Diga, por favor, diga. Nós sabemos. Só nós sabemos o quanto eu preciso de você. Se você estivesse aqui, você sabe, eu acreditaria e resistiria a qualquer tempestade. Eu te amo, mas isso você também sabe. Me ajude a respirar e a tentar entender o que não consigo visualizar.
Sobre o blog
Clarissa Corrêa
Clarissa Corrêa é escritora e redatora publicitária.
É autora dos livros Um pouco do resto, O amor é poá, Para todos os amores errados e Um pouco além do resto.
Já foi colunista do site da Revista Tpm, do Vila Mulher e do Donna.
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