Dias como esses

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Em alguns momentos é preciso ter muita paciência. Nem sempre as coisas são calmas, mornas. Muitas vezes elas gelam ou esquentam demais. Na verdade, nunca gostei do morno, do sem gosto, do sem graça. Gosto do que tem vida, de paz. Talvez por isso tudo em mim queima e arde.

Acho que a vida é uma gangorra. Em alguns dias você está bem, em outros nem tanto. E assim vai indo, alternando, ganhando e perdendo. Tem alguns períodos, bem específicos, em que você dá mais do que recebe. Já em outros você precisa receber mais do que dá. Não existe uma tabela pra isso, não tem data certa, simplesmente acontece, afinal, tudo é uma troca.

Vivo dando atenção e carinho para quem é importante pra mim. Modéstia à parte, sou muito boa para quem eu amo. Muitas vezes (erro?) me preocupo mais com o outro do que comigo. Sei que primeiro a gente deve cuidar da gente, mas é inevitável, me preocupo. Só que muitas vezes eu preciso de cuidado e atenção e não sei pedir. Sei lá, acho que a pessoa tem que se dar conta. Não dá pra querer que o outro perceba o que você quer ou precisa, sei disso. Mas prefiro não falar nem pedir, por isso simplesmente deixo. Então, vejo que a pessoa não se deu conta e isso me emputece. Errado? Sim. Mas não acerto sempre, nem quase sempre, nem nunca. Eu vivo errando, afinal, a gente tá aqui pra isso, não é? Para errar, fazer certo, buscar o que nem sabemos direito.

A grande questão é que de vez em quando eu preciso que me cuidem. Cansa cuidar sempre. De vez em quando é bom ficar de pernas para o ar, sem se preocupar com nada, recebendo carinho, atenção, mimo. Entenda, atenção não é estar colado. Você pode dar atenção e cuidar de quem ama mesmo de longe. O importante é saber que o outro está se sentindo cuidado. Principalmente na TPM, quando eu fico insuportável, tudo é pouco e nada é suficiente.


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