Entre palavras, desejos e realidades

By | 19:21



Beber chá me faz pensar na vida. Normalmente, um vinho ou uma vodkinha me fazem filosofar. Mas o chá me faz pensar muito na vida. Sei lá, de repente deve ser porque ele é quente, tenho que esperar esfriar e nesse meio tempo não tenho nada pra fazer, então surge um ou outro pensamento. Se bem que pra pensar não preciso beber nada, muito pelo contrário. Penso muito quando tô limpa, sóbria. Enfim, uma explicação sobre o chá durou um parágrafo inteiro, imagina se fosse cachaça?

Entre um gole e outro de chá fiquei pensando sobre as coisas que a gente deseja e quer para a vida. Os sonhos, planos e sentimentos modificam com o passar do tempo, já percebeu? Há quatro anos atrás, o seu sonho era outro, você era outro, o mundo era outro. Hoje existe iPad e Personal Friend. É a modernidade dando as caras e ditando as regras. No meio disso tudo tem a gente, cada um com sua vida, suas vontades, seus deslizes. E o infinito na frente. As oportunidades surgem, a gente agarra se tem peito e coragem. No meio do percurso, tem tanta coisa que aparece. Coisas que ficam, vão, chegam, partem. E com isso tudo a gente tenta se ajeitar, se conhecer, sobreviver.

Sempre ouvi dizer que devemos ter cuidado com o que desejamos. Posso acrescentar? Temos que ter cuidado com o que desejamos para nós e para os outros. Procuro manter meu coração livre de impurezas, minha cabeça livre de pensamentos ruins. Nem sempre consigo. Às vezes, ainda que por um segundo, a gente deseja o mal do outro. Às vezes, por dois segundos, a gente inveja o outro. Tudo bem, vamos nos desculpar, somos humanos, humanos têm disso. Mas acho muito ruim, feio e nojento desejar o mal do outro, vibrar com a derrota dele, querer que ele se estrepe. Não gosto, não faço. Acredito que tudo que a gente manda para o outro volta de alguma maneira para a gente. Então, em uma atitude egoísta, desejo o bem. Desejo o bem porque quero só coisas boas de volta da vida.

Conheci uma pessoa muito filha da puta. Ruim, carente, invejosa, maldosa, infeliz. Inteligente, sim, mas é aquele tipo de gente que não consegue direcionar as coisas para o lado bom. Interesseira, manipuladora, doida, grosseira, sem noção, péssima mesmo. Para ela, desejo o bem. Quero que por pelo menos um dia ela só sinta coisas boas. Acho que a gente deve pensar muito antes de falar da vida do outro. Não devemos julgar a atitude da outra pessoa, afinal, não estamos no lugar dela. Essa pessoa, a filha da puta em questão, eu não julgo, porém sei bem quem ela é porque convivi diariamente por algum tempo. Inclusive, fiquei doente por isso. Um clima ruim, pesado, tenso, carregado. Um clima que jamais quero sentir de novo. Eu gosto do sol, não de tempo ruim. Mas ela, coitada, não sabe o que é isso. Tomara que um dia descubra. Fico aqui torcendo para isso. O mundo fica mais bonito quando a gente carrega coisas boas no peito.
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial